quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Reforma Protestante e Igreja Brasileira

Ontem foi comemorado (se é que de fato foi) o dia da Reforma Protestante. Esteve, em Campinas, o pastor Luterano Valdir Steuernagel (teólogo Sênior da Visão Mundial)numa palestra onde discorreu sobre a Reforma e a Igreja Brasileira. De sua palestra destacamos o seguinte:




- Uma afirmação que é característica da Reforma é que a Igreja deve estar sempre se reformando. Mas isto não significa buscar novidades que nunca tenham sido ditas anteriormente. Os fundamentos da fé cristã sempre são os mesmos embora em cada época deva-se buscar outra forma de serem expressos.



-Grande parte do chamado evangelicalismo brasileiro não tem vínculo nenhum que o ligue à Reforma, mesmo em alguns casos das chamadas Igrejas Históricas. O compromisso não está mais com a Pregação da Palavra de grande parte da Igreja brasileira; ponto que foi fundamental na Reforma Protestante.



-Já há movimentação para se comemorar os 500 anos da Reforma, todavia as Igrejas brasileiras não estão prontas para comemorar, tendo em vista o que foi dito no ponto acima.



-A secularização tomou conta da Europa ao ponto de na cidade de Genebra, o centro da Reforma de Calvino, ter um centro Islâmico que reúne 5.000 pessoas nas reuniões semanais de sextas-feiras. As Igrejas Cristãs em Genebra ficam muito longe de alcançar tal freqüência em seus cultos.



-A Europa de hoje sempre está pronta a dizer "não" a qualquer coisa do cristianismo, enquanto está disposta a cooperar com outras religiões. Por exemplo: se as igrejas cristãs européias aprovam verbas para obras sociais em qualquer parte do mundo, mas os agentes dessas obras demonstrarem qualquer coisa que eles interpretam como proselitismo, já ameaçam cortar a verba. Digamos que distribuir a Bíblia já seja considerado preselitismo para ganhar adeptos, eles não aceitam. Mas se os muçulmanos distribuem o Alcorão, para eles não tem importância.



-A título de "brincadeira" (mas de fato não é brincadeira mas coisa séria), Vladir Steuernagel disse que hoje no Brasil estamos fazendo o inverso da Reforma Protestante. A Reforma explodiu na Alemanha quando Lutero fixou as 95 teses na porta da Igreja de Witenberg, por causa da venda de indulgências por parte do contratado do Bispo Alberto, o monge Tetzel. Tetzel fazia a pregação das indulgências e dizia: "quando o tilintar das moedas soar dentro do gazofilácio, a alma já sai do purgatório". Isto irritava os defensores da Reforma. Aqui no Brasil, ao contrário, são muitos que se chamam de evangélicos que estão dizendo isto: " quando o tilintar das moedas soarem no cofre das ofertas, o pacote de bênçãos prometido já estará de posse daquele que fez seu "compromisso".



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